Com (mais) uma conotação algo negativa, os fetiches são equiparados àqueles comportamentos sobre os quais não se deve falar em púbico. Não necessariamente por pertencer à categoria “vergonhosa” do social, mas porque não é a mesma coisa um homem gabar-se de ter dormido com uma moça que o mesmo homem confessar para os seus amigos tê-lo feito apenas depois de se ter colocado um par de meias e ter dançado graciosamete, de saltos altos, em frente dela. No entanto, as obsessões manifestadas para com alguns objectos, actividades ou áreas do corpo não-eróticas (aos quais é atribuído um substrato sexual), pertencem à normalidade. É verdade, trata-se de uma normalidade que ainda não foi assumida por todo o mundo. Mas contanto que os seus admiradores mantenham a sua saúde física e psíquica, não incendiem a própria casa, não aterrorizem os vizinhos e não agridam (literalmente) ninguém, as coisas podem ser consideradas pelo menos razoáveis.